Coisas que escrevo 18 - Cresci?

Quando penso em tudo o que passou,
Não sei em que ponto eu me encontro.
Tudo começou de uma maneira simples,
Carinhosa, atenciosa e feliz.
E como em um abrir e fechar de olhos,
Tudo mudou.
Tudo se comprimiu.
Tudo acabou.

Os sorrisos de ontem,
Se tornaram lágrimas no hoje.
As emoções intensas de outrora,
Viriam a se tornar vazias, porém pontes agudas.
Que poderiam até mesmo perfurar o mais denso diamante,
Esse, que alguns chamariam de Coração.
O Carinho se tornou um fardo,
Que você não está disposta a suportar.
E finalmente se tornou ciúme sem sentido,
Uma preocupação que existia um para com o outro.

Não sei o motivo de tudo ter acontecido desse modo.
Tudo ter sido tratado com tanta,
Indiferença.
Ironia.
E sem o mesmo respeito,
Que um dia foi o que sustentou tudo.

Levou muito tempo para que os pedaços de tudo,
Pudessem se juntar novamente ao que eu sou.
Porém, como tudo o que se tenta consertar,
Depois de estar em pedaços,
Muitas peças sobraram.
E já não fazem mais parte de mim.
Posso dizer que mudei,
Em meu jeito e pensamento.

Muito de mim morreu no dia,
Em que o fim aconteceu.
Vou perdendo aos poucos,
E cada vez mais,
Quem um dia eu fui.
Não sou mais do que uma sombra,
Que não age mais por impulso.
Mas sim uma sombra que já teve muito,
Do que pode esperar de uma vida.

Hoje eu sei que se fizer isso ou aquilo,
Algo acontecerá.
Tenho uma cabeça bem mais formada,
E fantasias e sonhos ficaram para trás.
Acredito que o certo seria dizer que,
Cresci.

Fernando Vilela Paciencia.