sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Coisas que Escrevo 44 - Ajudar ou não ajudar? Eis a questão...
Eu tive a impressão esses dias, de que muitas coisas estavam caminhando para algo ruim.
Você já teve uma impressão assim?
É tão estranho quando algumas coisas começam a mudar da noite para o dia. E é aí que eu fico com essa pergunta em minha cabeça, "Mas exatamente o que podemos fazer?".
Acho eu que o pior nesse momento é tentar fazer de tudo para que as coisas fiquem amenas.
Me preocupo muito com quem está a minha volta. E mesmo que as vezes não demonstre, eu sempre penso nas coisas que acontecem, e não só nas que acontecem comigo, mas com os que estão a minha volta.
E é nessas situações que o nosso modo de pensar vai influenciando as coisas.
Eu me prontifico a de alguma maneira tentar ajudar, fazer algo para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível.
Mas por quê?
Eu já estava sentindo que as coisas não estavam em uma grande e boa maré, mas mesmo assim, eu tento correr contra a correnteza e a troco de que?
Eu penso da seguinte forma,
Se algo está destinado a acontecer, não importa o que você faça, imagine, tente, não irá mudar.
De algum modo, mesmo você tentando se precaver, o destino vai tomar o seu curso e pode ter certeza que aquilo que tanto receou irá acontecer.
O destino é realmente algo bem mais complexo do que simplesmente conspirar contra a gente.
Acho que todas as coisas estão pré-determinadas, mas ainda sim acredito que em algum momento podemos tomar rumos diferentes. Reações sempre acabam causando uma consequência por mais que o curso do destino vá chegar, o caminho percorrido pode levar a várias vertentes.
Então porque temos tanto medo do que está por vir?
É pelo fato de que mesmo quando queremos evitar sempre vai acontecer? Como podemos então tentar burlar esse Sr. Destino?
Ouvimos e contamos aos outros as nossas experiências com caso iguais, semelhantes ou parecidos.
Acho que é a forma mais simples de tentar mudar as coisas é ouvindo quem já passou, quem já viveu e etc, para que talvez não caia no mesmo erro, só que tem um fato GIGANTESCO no meio de tudo isso. Se a pessoa precisar passar por isso, ela vai passar.
E já como contar experiências ainda não é cobrada, aqui vai:
A um bom tempo, eu tive medo que uma pessoa muito próxima a mim acabasse fazendo algo precipitado, ou algo que não tivesse realmente certeza. Resolvi então conversar sobre, afinal imaginei que como tinha vindo conversar sobre seu problema, eu seria a única pessoa que realmente poderia dizer algo naquele momento.
Foi uma conversa muito complicada de se ter com alguém, mas independente do que, estava tentando zelar pela felicidade, pela reconciliação e pelo cuidado que sempre tive para com aquela pessoa.
Alguns dias passaram, e essa pessoa me disse a seguinte frase “Fiquei muito PUTO com você. Achei que você tinha conversado comigo, e me falado aquelas coisas porque queria de certo modo, fazer com que eu acabasse com tudo, e sofresse.”.
Ouvir isso doeu.
Doeu de verdade, e foi algo que nunca esperei ouvir da pessoa que ouvi. Eu estava tentando ajudar, e acabei saindo como um cara que fez o que fez para fazer alguém sofrer.
Sabe, tenho pensado e não adianta.
As vezes é melhor deixar as coisas acontecerem do seu próprio jeito, porque em algum momento tudo o que tiver que acontecer vai acontecer.
Você interferindo ou não.
E ao mesmo tempo, eu gosto de pensar que eu posso ter de certa forma ajudado um pouco. Mesmo eu me parecendo como o “filho da puta”, essa pessoa por algum segundo que fosse, pensar no que queria para si.
E isso para mim, talvez seja melhor do que ficar de braços cruzados enquanto vê alguém se matar.
Não sei.
Não sei mesmo o que fazer quando vemos algo de ruim que está para acontecer.
Não sei mais se o certo seria tentar ajudar, ou deixar as coisas só acontecerem.
Só que eu sei o que EU sempre vou fazer e isso é seguir o que estou sentindo.
E se eu sentir que devo ir lá e falar tudo o que já disse, bom, será o que eu farei porque sempre segui o que senti e agora não será diferente.
Mas me diga você, deixaria as coisas acontecerem ou tentaria ajudar de alguma forma?
Fernando Vilela Paciencia.
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